Editorial
O
furto de obras raras das nossas bibliotecas tem sido freqüentemente divulgado
na nossa coluna de notícias. Também destacamos a atuação da Polícia Federal na
recuperação das mesmas, devolvendo-as aos acervos de origem.
O
patrimônio intelectual furtado geralmente é encontrado em leilões do Rio de
Janeiro. Os proprietários são indiciados por interceptação.
Não
é nosso propósito julgar se os empresários são culpados, se tinham ou não
conhecimento de que as obras eram furtadas. Isto cabe à Polícia Federal e aos
órgãos competentes. Nosso objetivo é denunciar e informar.
Uma
obra de arte ou intelectual é patrimônio da humanidade. Quando furtada ou
roubada deixa um vazio na alma da Terra.
Esperamos
que os responsáveis pelos furtos e os interceptadores sejam punidos e que a
Justiça seja feita.
Esperamos
também que nossos governantes adotem mecanismos de segurança eficientes para
que os acervos das bibliotecas e museus
sejam dignamente preservados.
Nós,
leitores, intelectuais e cidadãos brasileiros, não podemos nos calar diante de
tal barbárie. Exigimos providências urgentes para que o nosso patrimônio
intelectual não seja devastado.
Que
o patrimônio da humanidade não sofra mais desfalques.
Que
sejam resgatadas todas as obras furtadas dos acervos.
Que
sejam aplicadas Leis mais severas para punir os ladrões do patrimônio público.
É
uma monstruosidade o que vem ocorrendo.