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Poema Débora

 

Luz que não se apaga, uma voz que não se cala

 

Ivana Maria França de Negri

Ivana e Cecília

Uma sentida ausência se fez sentir na poesia piracicabana...

Maria Cecília Machado Bonachella partiu, deixando a poesia órfã de seus versos.

Uma voz calou-se, mas a sua poesia permanece intocada para a posteridade, uma herança preciosa para incentivar novos poetas. Assim, como um rastro de estrela, um perfume de flor.

Ela semeou poesia por várias décadas. Não só semeou como ensinou e incentivou os inúmeros aspirantes a poetas. Os muitos frutos estão agora maduros e prosseguirão espargindo as sementes que  plantou.

Virou estrela, foi poetar no céu. A saudade é imensa, mas os desígnios de Deus para ela agora são outros. Um dia será a nossa vez, e enquanto estamos aqui, plantemos poesia,  e vamos colher sonhos, adocicar a vida que já é um tanto amarga.

Poemas são pequenos sóis a iluminar e aquecer nosso caminhar terreno. Por mais que as adversidades sejam tamanhas, sempre haverá um raio de sol penetrando pelas frestas de nossa alma para nos aquecer nos períodos invernosos da vida.

Cecília, siga seu destino glorioso, vá trilhar as novas paragens celestiais, pois fica aqui na terra seu rastro de luz em forma dos versos que escreveu. Solte-se, querida amiga, liberte-se dos grilhões da carne. Use suas novas asas angelicais e voe como um pássaro no azul infinito. Missão cumprida. Desfrute agora a Paz.

Ivana Maria França de Negri é poeta, escritora, membro da União Brasileira de Escritores e do Centro Literário de Piracicaba.